Homilética, a arte de pregar

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DEFINIÇÃO DO TERMO


O termo Homilética é derivado do Grego "HOMILOS" o que significa multidão, assembléia do povo, derivando assim outro termo, "HOMILIA" ou pequeno discurso do verbo "OMILEU" conversar.


O termo Grego "HOMILIA" significa um discurso com a finalidade de Convencer e agradar. Portanto, Homilética significa "A arte de pregar".


A arte de falar em público nasceu na Grécia antiga com o nome de Retórica. O cristianismo passou a usar esta arte como meio da pregação, que no século 17 passou a ser chamada de Homilética.



Vejamos algumas definições que envolvem essa matéria:


Discurso - Conjunto de frases ordenadas faladas em público.


Homilética - É a ciência ou a arte de elaborar e expor o sermão.


Oratória - Arte de falar ao público.


Pregação - Ato de pregar, sermão, ato de anunciar uma notícia.


Retórica - Conjunto de regras relativas a eloqüência; arte de falar bem.


Sermão - Discurso cristão falado no púlpito.



FINALIDADE


O estudo da Homilética abrange tudo o que tem a ver com a pregação e apresentação de práticas religiosas: Como preparar e apresentar sermões de maneira mais eficaz.



IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA


Sendo a HOMILÉTICA a "Arte de Pregar", deve ser considerada a mais nobre tarefa existente na terra. O próprio Jesus Cristo em Lucas 16.16 disse: Ide pregai o evangelho...


Quando a Homilética é observada e aplicada, proporciona-se ao ouvinte uma melhor compreensão do texto.


A observação da Homilética traz orientação ao orador.



A ELOQUÊNCIA


ELOQUÊNCIA é um termo derivado Latim Eloquentia que significa: Elegância no falar, Falar bem, ou seja, garantir o sucesso de sua comunicação, capacidade de convencer. É a soma das qualidades do pregador.


Não é gritaria, pularia ou pancadaria no púlpito. A elocução é o meio mais comum para a comunicação; portanto deve observar o seguinte:


1. Voz - É o principal aspecto de um discurso.


Audível, todos possam ouvir.


Entendível, todos possam entender. Pronunciar claramente as palavras. Evitar a leitura incorreta, não observa as pontuações e acentuações.


2. Vocabulário - Quantidade de palavras que conhecemos.


Fácil de falar - comum a todos, de fácil compreensão - saber o significado.


Evitar as gírias, linguagem incorreta, ilustrações impróprias.



ALGUMAS REGRAS DE ELOQUÊNCIA


- Procurar ler o mais que puder sobre o assunto a ser exposto.


- Conhecimento do publico ouvinte.


- Procurar saber o tipo de reunião e o nível dos ouvintes.


- Seriedade, pois o orador não é um animador de platéia.


- Ser objetivo, claro para não causar nos ouvintes o desinteresse.


- Utilizar uma linguagem bíblica.


- Evitar usar o pronome EU e sim o pronome NÓS.



A POSTURA DO ORADOR


É muito importante que o orador saiba como comportar-se em um púlpito ou tribuna. A sua postura pode ajudar ou atrapalhar sua exposição.


A fisionomia é muito importante, pois transmite os nossos sentimentos, vejamos:


- Ficar em posição de nobre atitude.


- Olhar para os ouvintes.


- Não demonstrar rigidez e nervosismo.


- Evitar exageros nos gestos.


- Não demonstrar indisposição.


- Evitar as leituras prolongadas.


- Sempre preocupado com a indumentária. (Cores, Gravata, Meias)


- Cabelos penteados melhoram muito a aparência.


- O assentar também é muito importante.


Lembre-se que existem muitos ouvintes, e estão atentos, esperando receber alguma coisa boa da parte de Deus através de você.



CARACTERÍSTICAS DE UM BOM SERMÃO


O sermão é caracterizado como um bom sermão não pela sua extensão e nem mesmo pelas virtudes do pregador, sejam intelectuais ou morais, mas pelas qualidades do sermão:



1. UNÇÃO


Todo sermão deve ter inspiração divina. Um sermão sem unção, ainda que tenha uma excelente estrutura, não apresentará poder para conversão, consolação e edificação.


Devemos lembrar que ao transmitir um sermão estamos não estamos transmitindo conhecimento humano, mas a Palavra de Deus, esta é a única que penetra até a divisão da alma e espírito, portanto é fundamental a unção.



2. FIDELIDADE TEXTUAL


Fidelidade textual é importante, visto que os ouvintes estão atentos ao texto de referência ou ao tema escolhido. Há muitos pregadores que tomam um texto como referência e depois esquecem dele.



3. UNIDADE


Todo sermão tem um objetivo a ser alcançado. O seu conteúdo deve convergir para um único alvo.


"Há sermões que são uma colcha de retalho, uma verdadeira miscelânea de assuntos, idéias e ensinos".



4. FINAL


Tudo tem um começo e um final. O Pregador deve ter em mente que o ouvinte está se alimentando espiritualmente.


Um sermão bem terminado será muito produtivo ao ponto de despertar o desejo de querer ouvir mais.



RECOLHENDO MATERIAL


Quase toda pesquisa serve como base para sermões. Todavia, é verdade incontestável que, quanto mais instrução tem uma pessoa, tanto mais condição terá para preparar e apresentar sermões.


Toda pessoa que deseja ocupar-se na obra do Senhor, e especialmente falar diante do público, deve formar paulatinamente uma biblioteca segundo suas capacidades mentais e financeiras.


Os quatro primeiros livros a serem adquiridos e que dever servir como base da sua biblioteca são: Bíblia de estudo; Dicionário bíblico; Concordância; Um comentário bíblico.

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